quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Entrevista com Chespirito


Chespirito escreve a sua vida


Esse grande comediante, que está ainda escrevendo a sua autobiografia, concedeu ao site http://www.turmadochaves.com/, esta entrevista. Impressiona como a cada conversa ele nos encanta com o seu coração, tão grande quanto o do Chapolin Colorado, e seu desejo de ajudar a todos. O ator e produtor promete que a sua autobiografia causará uma grande surpresa, visto que narrará fatos fora de série que viveu.


Bolaños: "Passei por coisas fora de série, que irão surpreender o público"
Sr. Roberto, como tem estado?R: Bem, felizmente.
É uma enorme satisfação que as pessoas não se esqueçam do simpático e ingênuo Chaves ou do astuto Chapolin Colorado.R: Sim, é algo que lhes agradeço do fundo da minha alma.
Que recordações você tem daqueles estúdios de televisão, onde colheu grande êxito?R: Os melhores. Os guardo como uma etapa dourada, já que muito desfrutei do que fazíamos.
Se a Televisa ou alguma outra emissora lhe convidasse a fazer uma atuação especial com algum dos seus personagens, você aceitaria?R: Com o Chaves e o Chapolin não, e mais do que nada por respeito aos meus personagens e aos fãs, porque não desejo que tenham uma imagem grotesca deles, já que com os anos a minha fisionomia mudou. Quanto aos demais, teria que pensar, depende da situação.
Imagino que você tenha conhecido inúmeras pessoas em todo o mundo. Há algum testemunho que tenha lhe causado impacto?R: Muitos, porém me recordo de um senhor muito sério que me entregou um cheque que dizia: “Um milhão de obrigados”. Esse tipo de manifestação é o melhor que recebi ao longo da minha carreira.
Que saudades você tem desses personagens que deixou de interpretar em 93?R: Interpretá-los, ir aos estúdios e ver os meus companheiros; em geral, o ambiente, já que éramos como uma família.
Já utilizou algum amuleto ou é devoto de algum santo?R: Não acredito no primeiro, nem sou muito religioso.
Com os anos que você tem, como se descreveria hoje?R: Comprem meu livro... E também os meus poemas, em suas páginas recomendo ler “Meu Melhor Amigo”, nele me descrevo bem. Ah, em breve, também poderão ler a minha autobiografia.
Conte-nos um dia normal na sua vida?R: Principalmente, dedico-me a escrever. Em realidade não tenho muitos dias normais; quase sempre estou dando entrevistas, viajando e trabalhando.
Falta-lhe algo a fazer?R: Muito. Há obras que quero montar e estou terminando de escrever três livros. Enfim, há coisas que se Deus me conceder vida e saúde, poderei terminar.
O que gosta de fazer quando está na sua casa?R: Exatamente isto, gozar da comodidade da minha casa, isso é algo que faço, embora não tanto quanto gostaria.
Quais são as suas paixões na vida?R: Escrever, ver futebol, ler, pintar e amar.
Sem dúvida, a música é uma delas...R: Claro, toda a arte.
Como nasceu a idéia de lançar a sua autobiografia?R: Foi pelo desejo de compartilhar com as pessoas toda uma vida de experiências. A verdade é que relutei em escrevê-la, pois como não bebo, não sou infiel, sou heterosexual e não consumo drogas, cheguei a pensar que as pessoas achariam a minha vida chata. Mas passei por coisas fora de série, que causarão surpresa ao público.
Seu escritório é um dos lugares mais sagrados para você. Ali se inspirou para escrever parte do seu livro?R: Não só ali, como também em Cancún, que é um paraíso.
O quê lhe deixa em paz? R: Estar nesses lugares.
E o que lhe incomoda?R: Viajar, dormir em hotéis e dar entrevistas, mas sei que é parte da minha carreira e faço tudo isso com paciência.
Se pudesse mudar algo na sua vida, o quê seria e por quê?R: Gostaria de não ter fumado por grande parte da minha vida, agora já não mais fumo. Quero que as pessoas saibam que os efeitos do cigarro são terríveis; é uma burrice fumar.
Como você define esses 28 anos ao lado da Florinda Meza (intérprete da personagem Dona Florinda)?R: Cheio de felicidades. É uma mulher maravilhosa e com ela tive tudo o que se pode desejar.
Mudou algo depois que vocês formalizaram a relação com o casamento?R: Não, segue igual, exceto que agora nos amamos mais.
Qual é o segredo para manter essa relação tão bonita?R: O amor, o respeito e a comunicação são fundamentais.
De que maneira você gostaria de ser recordado?R: Simplesmente, como um grande homem.
Agradecemos pela entrevista. Há algo que queira agregar?R: Agradeço a atenção que sempre tiveram comigo e a forma que seguem próximos da minha carreira. Parabenizo o empenho jornalístico que imprimem semana a semana.
Fonte: UnivisionEntrevista realizada em: 17/07/06Tradução e Adaptação: Evandro

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